O Período Entre O Antigo e o Novo Testamento

05/01/2010 16:37

 

A Bíblia O Período Entre os Testamentos e O Novo Testamento

Terminamos o Velho Testamento com a palavra "maldição". Sem as profecias cumpridas, maldição seria o melhor que poderíamos esperar. Até aqui Cristo foi prometido, mas não visto. A Esperança era prevista, mas não obtida.

Por quase quatrocentos anos, Deus não chamou nenhum profeta para dizer "assim diz o Senhor". Em todo este tempo nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado "Os Anos Silenciosos" ou "O Período Negro".

O período intertestamentário, 397 - 6 a.C., provocou muitas mudanças no mundo em geral e entre os Judeus em particular. Se pudermos entender, um pouco, o que aconteceu neste período que a Bíblia não nos revela, poderemos compreender melhor o povo que existiu no Novo Testamento e o porquê de muitas palavras de Jesus no Novo Testamento.

I. O Período Intertestamentário

Podemos dividir esta seção, neste período, entre os acontecimentos políticos e religiosos ou os externos ou os internos.

A. Externo (Político)

Os povos que controlavam o mundo sempre deixaram traços da sua civilização entre o povo que conquistavam. Arquitetura, língua, educação, maneiras de comer e vestir, formas e estilos de governo, etc., são só algumas das maneiras que uma nação influenciava uma outra.

1. Controle Mundial

a. Babilônia

Os Babilônicos levaram o reinado do Sul, Israel, cativo em 587 a.C.

b. Medo-Persa

Os Medo-Persas tomaram o controle do mundo dos Babilônicos em 537 a.C.

c. Grego

Os gregos tomaram o controle do mundo dos Medo- Persas em 333 a.C.

Alexandre o Grande, que era o "bode que tinha um chifre insigne entre os olhos" de Daniel 8.1-7, conquistou o mundo antigo. Pelo domínio grego, a linguagem e civilização grega foram espalhadas em todo a parte do mundo conhecido naquele tempo. Este controle do mundo continuou através dos seus quatro generais que dividiram o poder na morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., até que os Romanos vieram em 63 a.C.

d. Romano

Os Romanos estabeleceram o Império Romano em 27 a.C. com Octavianus, tomando o poder sobre o nome de Augustos. Quando começa o Novo Testamento, os Romanos estão reinando sobre Jerusalém e o mundo.

2. Controle de Jerusalém

Apesar das nações que conquistaram o mundo, Jerusalém foi dominada por outras nações em tempos curtos, mas significativos. Os que exerceram controle sobre Jerusalém e os anos que estes dominaram são:

a. Período Pérsico: 536 -333 a.C.

b. Período Grego: 333 - 323 a.C.

c. Período Egípcio: 323 - 204 a.C.

d. Período Sírio: 204 - 165 a.C.

e. Período dos Macabeus: 165 a.C. - 63 a.C.

f. Período Romano: 63 a.C. - Novo Testamento

B. Interno (Religioso)

Muitas coisas citadas no Novo Testamento, não são mencionadas no Velho Testamento. Desde que o Velho Testamento não fala nada destas coisas, e o Novo Testamento as menciona, devemos entender que foi durante o período intertestamentário que estas foram introduzidas. Por causa do tempo tumultuoso em que Jerusalém viveu nestes quatrocentos anos varias seitas, instituições e práticas entre os judeus foram desenvolvidas. A história humana nos relata muitos fatos que pode nos ajudar entender várias referências de Jesus e os Apóstolos à estas seitas, instituições e a estes grupos.

1. Sinagoga

Durante o cativeiro, os judeus foram espalhados por todos os cantos. Eles continuaram seus costumes, apesar de quem os dominava. Por Jerusalém ser longe, foi desenvolvido um lugar de reuniões aonde quer que os judeus existissem. Quando os judeus voltaram para Israel, continuaram com estas maneiras de se reunirem. Estruturas começaram a ser erguidas, mesmo no cativeiro, onde os judeus podiam se reunir e ouvir da lei. Pelo decorrer do tempo estas assembléias religiosas tinham uma finalidade estabelecida e ofícios distintos. Esta reunião religiosa, junto com a estrutura, é conhecida como sinagoga.

2. Escribas

Com o cativeiro, os sacerdotes não foram sempre espalhados na forma de instruir todos os judeus na maneira que desejavam. Os escribas eram profissionais no Velho Testamento cujo trabalho era de colocar, por escrito, o que os profetas disseram. No tempo do exílio (cativeiro) estes começaram a ser chamados para "interpretar" o que a Lei dizia. Eles eram formados na linguagem original do Velho Testamento, então o povo pedia que estes não só lessem a Lei, mas que as ensinassem também. Os Escribas, gradualmente, perderam o aspecto de serem profissionais de escrever e passaram a ser mais como uma classe religiosa, ou seita, com autoridade para interpretar a Lei. Para o Judeu, os Escribas tinham autoridade da Lei Oral.

3. Fariseus

No cativeiro, os Judeus não tinham um líder político só para eles. Eles eram sobre o domínio dos outros. Mas muitas vezes, os líderes das nações que dominavam o mundo deram autoridade limitada aos que tinham uma forma de autoridade entre os Judeus. Os sacerdotes tinham autoridade pela Lei Escrita, e estes sacerdotes, muitas vezes, eram colocados em posições oficiais pela nação que os dominavam. Nessa posição de autoridade, os sacerdotes ficaram conhecidos como Fariseus. Os Fariseus começaram a ser vistos como tendo autoridade religiosa e política entre os judeus. Quando o Novo Testamento se inicia, temos esta seita, Fariseu, já existindo.

4. Saduceus

Entre a seita dos Fariseus nasceu a seita dos Saduceus. Os Saduceus eram um ramo menos rígido entre os Fariseus. Os pensamentos dos Saduceus eram mais liberais que os Fariseus, mas as suas ações eram muito mais rígidas. A Lei Escrita era a sua autoridade.

5. Herodianos

Os Herodianos (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13) eram um grupo entre os Judeus que era mais político do que religioso. Tinham o objetivo de ajudar o governo de Roma a prosseguir e favorecer os judeus.

6. Zelotes

Os Zelotes eram nacionalistas puros. Estão mencionados em Lucas 6.15 e Atos 1.13. A palavra "zelador", nestes casos, é o mesmo de Zelote. O pouco de tempo que os Judeus, com os Macabeus, exerceram controle de si mesmos foram suficientes para inflamar uma atitude de nacionalistas. Quiseram uma nação Judaica e lutaram para isso.

Podemos aproveitar mais um fato para nos ajudar a entender o Novo Testamento. Seria a Mishna e o Talmude

A Mishna é a Lei Oral dos Judeus que foi passada de geração a geração, verbalmente, de pai para filho. Quando esta foi colocada por escrito, tomou o nome "Talmude". A lei Oral foi colocada na forma escrita pelo Rabino Jehuda no fim do segundo século depois de Cristo.

O Talmude consistia em duas partes: a) A Mishna, ou Lei Oral e b) a Gemara, ou comentários sobre a Mishna.

No tempo de Cristo, a Lei Oral era ainda oral e não escrita na forma do Talmude. Era esta Lei Oral, que Jesus apontava quando no Sermão da Montanha falava: "Ouvistes que foi dito" (Mt 5). Quando Jesus mencionava o Velho Testamento, usava: "Está escrito" (Mt 4.4, 7, 10) e "não foi dito". Veja também Jesus referindo-se à Lei Oral em Mt 15.1-9; 23.16-18 23 (Baxter).

 

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento é o Velho Testamento revelado bem como o Velho Testamento é o Novo Testamento escondido. Conhecer o Velho Testamento ajuda o aluno, da Bíblia, a entender muitas alusões e referências feitas no Novo Testamento (Veja Lucas 24.27-45 e as comparações do livro de Levítico com Hebreus). O primeiro versículo do Novo Testamento refere-se a Cristo na sua relação com o Velho Testamento. O Velho Testamento mostra a necessidade humana, o Novo Testamento mostra o suprimento divino. No Velho Testamento, o coração humano está visto, no Novo Testamento, o coração de Deus é visto suprindo, em Cristo Jesus, todas as necessidades humanas.

Há uma idéia que domina no Novo Testamento. Essa idéia é "cumprir". Mt 1.22, "Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz"; e, assim, mais onze vezes Mateus mostra como Cristo cumpriu o Velho Testamento (Mt 2.15,17, 23; 4.14; 8.17; 12.17; 13.35; 21.4; 26.56; 27.9, 35). Os outros evangelistas também concordam com Mateus neste aspecto. As primeiras palavras do ministério público de Cristo contém "cumprir" (Mt 3.15; Mc 1.15; Lc 4.21 e, em João 1.41, 45 a palavra é "achamos"). Nisso podemos ver que o Novo Testamento é a "resposta" do Velho Testamento.

No Novo Testamento, Cristo é revelado diferentemente do que no Velho Testamento. O Novo Testamento não usa tipos nem símbolos, mas mostra Cristo, a pessoa atual.

VELHO TESTAMENTO

O Cristo da profecia
Cristo - A Esperança
Cristo - O Esperado
Cristo - O Previsto
Cristo - O Predito
NOVO TESTAMENTO

O Cristo da história
Cristo - O Fato
Cristo - O Experimentado
Cristo - A Provisão
Cristo - O Apresentado

O Novo Testamento consiste de vinte e sete livros, divididos em: quatro livros da vida de Cristo, um livro histórico, vinte e uma epístolas apostólicas e um livro profético.

Cristo veio inicialmente aos Judeus (Mt 10.5-6; Jo 1.11; nascido sob a lei, Gl 4.4; Rm 15.8) e as doutrinas sobre a graça, baseadas na vida de Cristo, são tratadas profundamente e desenvolvidas só nas epístolas.

I. Os Evangelhos

Mateus, Marcos, Lucas, João

Introdução:

Os quatro evangelhos não têm a intenção de dar uma biografia completa de Cristo. O propósito deles é o de mostrar Cristo, "para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome".(Jo 20.31)

Mesmo que os quatro se complementassem, um ao outro, mostrando partes da vida de Cristo que o outro não relatou, os quatro testemunham, juntamente, em pelo menos dez áreas, assim revelando a ênfase dos escritos dos evangelhos que é a vida de Cristo e a Sua obra salvadora completa para o homem pecador. Estas dez áreas são:
 

1. Cristo visto
2. Ministério de João Batista
3. Alimentação dos cinco mil
4. Cristo como Rei - Zc 9.9
5. Traição de Judas
6. Negação de Pedro
7. Julgamento e crucificação
8. A ressurreição corporal
9. 40 dias após a ressurreição
10. Segunda vinda predita

Cada evangelista narra a vida, deste Filho de Deus, de uma maneira diferente assim complementando um ao outro. Três, dos quatro, são parecidos e juntos fazem como um resumo da vida de Cristo. Mateus, Marcos e Lucas, por este resumo, são chamadas os evangelhos sinópticos.

Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras:

Mateus, Marcos e Lucas

Os fatos da vida exterior de Cristo
Os aspectos da sua vida humana
Os seus discursos públicos
O ministério na Galiléia
João

A vida intima de Cristo
A vida divina de Cristo
Os discursos pessoais
O ministério na Judéia

Mateus mostra Cristo como Rei, o soberano que veio ordenar e reinar. Marcos mostra Cristo como Servo, aquele que veio servir e sofrer. Lucas mostra Cristo como Filho de Homem, o homem que veio repartir e compadecer-se. João mostra Cristo como Filho de Deus, aquele que veio revelar e redimir. Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e João em Apocalipse 4.6-8 ilustrando os quatro animais "no meio do trono, e ao redor do trono" com a semelhança de leão (Mateus - rei), bezerro (Marcos ! servo), rosto como de homem (Lucas - filho de homem) e semelhante a uma águia voando (João - filho de Deus).

A base do Velho Testamento era profética, agora no Novo Testamento tudo se focaliza nas doutrinas que se baseiam nos fatos descritos nos quatro evangelhos. Mudamos agora, do que era em maior parte ao Judeu, para o que é para o cristão. Trocamos marchas nos quatro evangelhos: Moisés para Cristo, da lei para graça. Os quatro combinam, harmoniosamente, as características de cada um para ser uma testemunha única de Cristo.

A. Mateus

Tema: Cristo, O Rei
"como a semelhança de leão", Ap 4.6-8.

Tempo: 50 d.C.

Autor: Mateus, também chamado Levi (compare Mt 9.9 com Mc 2.13; Lc 5.27). Mateus era um publicano, um servidor público, um empregado do governo. Israel, nesta época, era dominada pelos Romanos. Mateus era, então, um Judeu que trabalhava para uma nação gentia. Seu trabalho era receber os impostos do povo na "alfândega" ou "recebedoria" (Mt 2.14; Mc 2.14; Lc 5.27). Por Mateus trabalhar para os Romanos ele era desprezado pelos judeus ortodoxos que ensinavam a separação explícita dos gentios. Geralmente os publicanos estão associados com as pessoas de baixa moral (Mt 9.10; 21.31).

O Livro:

O livro de Mateus mostra Cristo como rei. Sua genealogia é traçada desde o Rei Davi; e o lugar do Seu nascimento, Belém, o lar de Davi, é enfatizado. Sete vezes, neste Evangelho, Cristo é chamado de "o filho de Davi" (1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30; 21.9; 22.42). Só em Mateus Cristo fala do "trono da sua glória" (19.28; 25.31). Além disto, apenas neste Evangelho Jerusalém é chamada de "cidade santa" (4.5) e de "a cidade do grande Rei" (5.35). Sendo o Evangelho do Rei, Mateus também é o Evangelho do reino; a palavra "reino" aprece mais de cinqüenta vezes e a expressão "o reino dos céus", que não foi usada em nenhum outro lugar no N.T., aparece aqui cerca de trinta vezes. (Scofield)

Mateus, mais do que qualquer dos escritores dos Evangelhos identifica acontecimentos e pronunciamentos na vida do nosso Senhor com predições do V.T., como, por exemplo, 1.22; 2.15, 17, 23; 4.14; 12.17; 13.14; 21.4; 26.54, 56; 27.9, 35. (Scofield)

Conquanto que Mateus mostra Cristo como Rei, Ele é primeiramente o Rei espiritual do Seu povo. O povo Judeu, junto com os discípulos, esperava o Messias que vinha derrubar os reinos em oposição e estabelecer o Seu reino na terra. Como isso não veio a acontecer (Mt 12.18-21), muitos deixaram-nO (Mt 26.56). Antes que alguém possa entrar no Seu reino na terra, Cristo deve reinar no seu coração.

Mateus relata a vida de Cristo sem os detalhes que Marcos e Lucas dão. (Baxter):

Estão agrupados os preparativos para o Seu ministério:

Cap. 1 - 4.12 - Genealogia, nascimento, Batismo e Tentação

Estão agrupadas as obras e ações de Cristo no Seu ministério na Galiléia:

Cap. 5, 6, 7 - Os Ensinamentos de Cristo

Cap. 8, 9,10 - Os milagres de Cristo

Cap. 11 - 18 - As reações ao ministério de Cristo.

Estão agrupados também o Seu curto ministério em Judéia:

Cap. 19 - 25 - Sua Apresentação - Rei

Cap. 26, 27 - Sua Crucificação - O Malfeitor

Cap. 28 - Sua Ressurreição - O Salvador

Para ver a base que os detalhes dos outros três Evangelistas apoiavam, leia Mateus várias vezes. Assim terá uma visão geral da vida de Cristo.

B. Marcos

Tema: Cristo, O Servo

"com a semelhança de bezerro", Ap 4.6-8.

Tempo: 68 d.C.

Autor João Marcos

O nome de Marcos, João Marcos ou João (em relação a Marcos) aparece só nove vezes na Bíblia e nenhuma destas nos evangelhos (At 12.12, 25; 13.13; 15.37, 39; Cl 4.10; 2 Tm 4.11; Fl 24; 1 Pe 5.13).

Na a primeira vez que Marcos aparece na Bíblia aprendemos que o nome de sua mãe era Maria. É bem provável que sua mãe fosse Judia e quem deu o nome de João, e o pai, que não conhecemos talvez fosse Romano devido ao nome de Marcos que deu a seu filho.

João Marcos era sobrinho de Barnabé (Cl 4.10), chamando "meu filho" por Pedro (1 Pe 5.13) e era cooperador a Paulo (Fl 24) e assim, muito útil para o ministério dele (2Tm 4.11). Contudo, Marcos foi uma pedra no caminho entre Paulo e Barnabé por começar uma viagem missionária com Paulo e Barnabé, mas não a completando, saindo logo depois de começar (At 12.25; 13.13; 15.37-41). Quando Paulo estava na prisão referiu-se a Marcos (Cl 4.10) que estava ainda no ministério (a tradição diz que ele era muito ativo no Egito, organizando uma igreja em Alexandrina - Baxter). A primeira falha de ter deixado os missionários, no começo do ministério de Paulo e Barnabé era uma falha que Paulo evidentemente tinha perdoado, pois é dito uns vinte anos depois que ele achava Marcos útil para o ministério.

A tradição diz que Marcos foi um mártir no Egito. Ele foi arrastado pela rua, jogado e deixado ferido numa prisão e depois queimado vivo (Baxter).

Livro:

Que Marcos mostra Cristo, o servo, é evidente no livro que relata na maior parte - as ações de Cristo. Como não é importante saber a genealogia de um servo, Marcos não tem registro da linhagem de Cristo nem nenhuma menção do nascimento ou dos primeiros anos dele. Como não é importante o que um servo diz e sim o que o servo faz, os discursos e as parábolas de Cristo não estão relatados com tanto destaque quanto os milagres que ele se preocupou em fazer. Em comparação com o livro de Mateus, Marcos é o mais curto dos quatro evangelistas. Mas se comparar só os relatórios que Cristo fez, Marcos inclui duas vez mais que Mateus. Tudo indicando que Marcos mostra Cristo, o Servo.

Marcos é considerado como o fotógrafo dos evangelistas. Ele relata com mais destaque os detalhes dos nomes (3.17; 10.46; 15.21), horários (1.35; 6.35; 11.19; 15.25), números (2.3; 5.13; 6.7, 40; 14.30, 72), lugares (2.13; 11.4; 12.41; 15.39; 16.5) e muitos acontecimentos 1.13; 2.3,4; 4.36-38; 6.48, 53-56; 9.36; 10.17,32; 12.42; 16.4). Se não fosse por Marcos, muitos detalhes que dão vida aos acontecimentos de Cristo, seriam deixado só à imaginação. Para dar mais um exemplo, compare o relatório de Marcos da Transfiguração de Cristo como o relatório dos outros evangelistas (Mc 9.2-13; Mt 17:1-8; Lc 9.28-36).

Para ter uma lição em como servir estude o exemplo de Cristo em Marcos. Sua posição com Deus, e o Seu trabalho como Salvador não foi em nada prejudicado na atitude d?Ele ser um Servo mas foi vista a grandeza da Sua posição com Deus ao se humilhar para servir e a importância de obediência no Seu trabalho. Todos os que querem adorar o Senhor Deus em espírito e em verdade tomem nota da vida de Cristo, o Servo.

C. Lucas

Tema: Cristo, O Homem

"rosto como de homem", Ap 4.6-8.

Tempo: 60 A.D.

Autor:

Lucas é o escritor do Evangelho de Lucas e do livro de Atos dos Apóstolos (1.1-5; At 1.1-4). Lucas era médico (Cl 4.14). Talvez por isso há mais referências às curas no livro de Lucas do que em Mateus ou Marcos ((4.18, 23; 5.17) e as descrições de doenças (5.12,18; 7.2; 13.11)).

Lucas foi companheiro de Paulo em muitas das suas viagens (note em Atos o pronome "nós" quando fala de quem estava com Paulo. Parece que Lucas era um companheiro muito fiel a Paulo, pois no fim da vida de Paulo ele diz que "só Lucas está comigo" (2 Tm 4.9-11).

O Livro:

Em Mateus temos agrupados os acontecimentos de Cristo, O Rei; em Marcos temos as fotos das ações de Cristo, O Servo; em Lucas temos a história linda de Cristo, O Homem.

Lucas foi endereçado a Teófilo, um romano de importância e um convertido ao Senhor Jesus Cristo "para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado" (1.1-5). Ver também Atos 1.1-4.

A genealogia é traçada até Adão, seno o objetivo de Lucas mostrar Cristo, O Homem. A narrativa de Lucas sobre o nascimento e a infância do Senhor é do ponto de vista da mãe virgem (Scofield) e nos dá mais detalhes da sua vida de criança e menino que os outros Evangélicos (Baxter).

Este livro é o mais longo dos quatro Evangelhos em relação ao número de versículos. O que sabemos da infância de Cristo devemos a este livro. Lucas também diferencia dos outros sinópticos em que só neste livro tem as parábolas do Bom Samaritano (10.25-37), do homem rico e louco (12.13-21), da figueira infrutífera (13.6-9), da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo (15,3-32), da viúva persistente (18,1-8), do fariseu e o publicano (18,9-14), e a parábola das minas (19,11-27). Também só aqui tem a missão dos Setenta relatada (10,1-24). Imagine que falta de conhecimento da vida de Cristo teríamos se não fosse por Lucas.

Note, também, os acontecimentos que Lucas relata sobre a sensibilidade de Cristo em repreender Marta (10.38-42), curar uma enferma (13.10-16), um hidrópico (14.1-6), dos dez leprosos (17.11-19), a conversão de Zaqueu (19.1-10) e o choro por Jerusalém (19.41-44); tudo isso só temos porque Lucas nos relatou mostrando assim a atenção de Cristo pela humanidade e a humanidade perdida à qual Ele veio salvar.

O nascimento, vida de criança, menino e de homem (1.5-4.13)

Ministério em Galiléia (4.14-9:50)

A jornada à Jerusalém (9.51-19:44)

Crucificação e Vitória (19.45-24.53)

D. João

Tema: Cristo - O Filho de Deus ou Cristo em Sua Divindade

"uma águia voando", Ap 4.6-8.

Tempo: cerca de 85 - 90 d.C.

Autor:

Sabemos que o pai de João era Zebedeu (Mt 4.21) e era seu irmão Tiago (Mt 26.37; Mc 14.33; Lc 5.10).

João fazia parte do circulo dos três discípulos íntimos de Cristo. Os outros eram Pedro e Tiago. Cristo não amava mais estes três, mas estes três estiveram presentes durante ocasiões especiais de Cristo: Transfiguração (Mt 17.1-9), oração no jardim antes da traição e da crucificação (Mt 26.36-46). Os três foram chamados por Paulo "colunas" da igreja (Gl 2.9).

A João, um dos poucos discípulos presente na sua morte, Cristo confiou o cuidado de sua mãe (Jo 19.26,27) e ele é apresentado no seu evangelho como o discípulo "a quem Jesus amava" (13.23; 19.26; 20.2; 21.7, 20-24).

Além deste evangelho, João é autor dos outros três livros que levem o seu nome (1, 2, 3 João) e Apocalipse.

O Livro:

A razão de este livro ser escrito é "para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." (Jô 20.21) e esta idéia se repete pelo livro várias vezes.

Os versículos chaves, 1.11,12 também fornecem a estrutura do livro, como João faz no livro de Apocalipse em Ap 1.19. O Evangelho de João pode ser dividido em 1) "Os seus não o receberam", 2) "Mas, a todos quanto o receberam", 3) "Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" .

Este livro não faz parte dos evangelhos sinópticos. Os sinópticos mostram os fatos da vida exterior de Cristo, em João temos a vida íntima de Cristo. Os sinópticos mostram a sua vida humana, João mostra a sua vida divina. Os discursos públicos de Cristo estão relacionados em maior parte pelos sinópticos, João relata os discursos pessoais de Cristo. O ministério na Galiléia é mostrado nos sinópticos, mas em João o ministério na Judéia se vê. Os sinópticos importam fatos, João doutrina. Os sinópticos apresentam Cristo pelo que ele diz e faz, João o interpreta pelo quem ele é. (Baxter)

Para se concentrar no quem Cristo é João só conta oito dos milagres de Cristo (Mateus e Lucas mostram vinte, Marcos dezoito) e só uma parábola (10.6). Das parábolas Mateus relata dezesseis, Marcos cinco e Lucas vinte. Em contrapartida, João nos relata os discursos de Cristo que os sinópticos não revelam com tanto destaque (Pedro e Natanael, a:35-51; Nicodemos, 3.1-15; mulher Samaritana, 4.4-38; o homem nascido cego, 9.35-41; Marta e Maria, 11; os onze discípulos, 13-16; Maria Madalena, 20.1-18 e o Apostolo Pedro, 21.15-23) tudo para nos mostrar doutrina.

As palavras usadas mais neste livro que nos dos sinópticos são: "crer", "vida" e os títulos "Filho" e "Filho de Deus" , estes mostrando o tema do livro de Cristo - O Filho de Deus. Outras palavras características de João são "verdadeiro", verdade",. "amor", "testemunho" e "mundo" (gr. kosmos). Apenas João registra as grandes declarações "Eu sou" de Cristo (6.35 "pão da vida"; 8.12 "a luz do mundo"; 10.7 "porta das ovelhas", 11 "o bom Pastor"; 11.25 "a ressurreição e a vida"; 14.6 "cominho, verdade e a vida"; 15 "videira verdadeira") e apresenta as declarações de Cristo introduzidas pelo solene "Em verdade, em verdade" (1.51; 5.19,24,25, etc.). (Scofield).

Conclusão:

Mateus O Prometido está - veja as Suas qualificações

Marcos Assim Ele trabalhou - veja o Seu poder

Lucas Assim Ele era - veja a Sua natureza

João Assim Ele é - veja a Sua divindade

II. O Histórico

Atos

1. Atos

Tema: As Ações dos Apóstolos

Tempo: Terminado em 63 A.D. em Roma

Autor: Lucas (Lucas 1.3; Atos 1.1)

Lucas, com o evangelho que mostra a vida detalhada de Cristo e com este livro que mostra a historia da igreja que Cristo estabeleceu, é o autor que escreveu mais das ações no Novo Testamento do que qualquer outro indivíduo.

Lucas escreve não só para informar o leitor com a organização dos acontecimentos, mas também para exortar o leitor pelos exemplos dos apóstolos.

Livro:

O livro de Atos é uma historia de um dos primeiros historiadores inspirados nos primeiros anos da época cristã. Mais do que trinta anos são tratados neste livro, desde a ascensão de Cristo à prisão de Paulo em Roma.

Atos é uma ponte que estenda dos Evangelhos até as Epistolas. Os Evangelhos relata o tratamento do evangelho diante dos judeus, as Epistolas trata do evangelhos diante dos gentios. Atos relata como o reino de Deus começou com os judeus e os acontecimentos da rejeição destes do mesmo e a abertura total do evangelho para com os gentios (Atos 1.8; 28.28).

Aqui se tem o começo e os princípios que as primeiras igrejas e seus missionários seguiam. É um manual completa de teoria (doutrina) e pratica para a igreja verdadeira obedecer a comissão dada por Cristo em Mateus 28.19,20.

A evangelização dos judeus e depois para os gentios, a pessoa e obra do Espirito Santo, a perseguição que seguiu os que quiseram obedecer Cristo está para a nossa edificação no livro de Atos.

Capítulos 1 - 12:

A missão da igreja com destaque ao Pedro, Jerusalém o centro de operações aos israelitas. Este seção termina com Pedro livre de prisão. A igreja evangeliza "Jerusalém, Judéia e Samaria"

Capítulos 13 - 28:

A missão da igreja com destaque ao Paulo; Antioquia é o centro de operações ao mundo inteiro. Este seção termina com Paulo na prisão. A igreja evangeliza os "confins da terra".

Versículo chave é Atos 1.8 que envolve o dever divina, o equipamento espiritual e a comissão geográfica da missão da igreja.

Para entender como a mensagem do Velho Testamento entrelaça com o Novo Testamento, leia a mensagem de Pedro em Atos 2.14-40.

III. As Epístolas

Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, I e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I e 2 Pedro, I e 2 e 3 João, Judas e Apocalipse

Introdução

As Epístolas, diferente que os Evangelhos ou que Atos, nos dão na maior parte, doutrina. Os Evangelhos relatem a pessoa de Cristo aqui na terra. Atos nos relata os acontecimentos durante os trinta anos depois de Cristo. As Epístolas, especialmente as Paulinas e as Gerais, tratam de doutrina para todos desde o fim de Atos até a segunda vinda de Cristo, quer dizer, os desde o tempo de Atos e nós hoje.

Os Evangelhos e Atos são escritos para nós,

mas as Epístolas são sobre nós.

As Epístolas nos dão a maneira doutrinária de aplicar os primeiros cinco livros do Novo Testamento às nossas vidas.

Pelo livro dos Atos dos Apóstolos, podemos ver o número de igrejas em expansão em varias áreas. Foi pela palavra oral dos apóstolos que as pessoas foram ajuntadas em grupos conforme o modelo deixado por Cristo, a Cabeça da Igreja. Pelos sinais dos apóstolos, as suas posições e mensagens foram aceitas. Agora com igrejas formadas, a necessidade de ter algo permanente foi necessário. As Epístolas preenchem esta necessidade dando em forma escrita os ensinamentos inspirados que estas igrejas creram para entrar em Cristo e o que era necessário para continuar sendo conformes à imagem de Cristo. O que foi escrito por Paulo e os seus colegas serviu bem esta necessidade naquele primeiro século e por ser inspirado nos sirva de igual modo hoje mesmo sendo uns vinte séculos depois.

As vinte e duas epístolas podem ser classificadas em quatro categorias:

I. As Epístolas às Igrejas

Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses

II. As Epístolas Pastorais

1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom

III. As Epístolas Gerais e Pessoais

Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 2 João, Judas

IV. Epístola Profética

Apocalipse
 
 

A. As Epístolas às Igrejas

Romanos, I e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e 2 Tessalonicenses

A ordem destas Epístolas na nossa Bíblia é a mesma ordem que todos os manuscritos velhos achados em qualquer parte do mundo têm. A ordem cronológica seria diferente que a ordem que elas aparecem na Bíblia. A ordem cronológica que refere a data aproximada que elas foram escritas seria nesta ordem (Baxter):
 

Livro Lugar Tempo
1 Tessalonicenses Corinto  52-53 d.C.
2 Tessalonicenses Corinto 53 d.C.
1 Coríntios Éfeso 57 d.C.
2 Coríntios Macedônia 57 d.C.
Gálatas Corinto 57-58 d.C.
Romanos Corinto 58 d.C.
Colossenses Roma 63 d.C.
Efésios  Roma  63 d.C.
Filipenses  Roma 64 d.C.

 

1. Romanos

Tema: A Justificação pela Fé

Tempo: escrito em Corinto, 58 d.C. (16.1,2)

Autor: O Evangelho tem sido pregado por um meio século quando Paulo escreveu este livro e muitas igrejas foram organizadas até este tempo. Era inevitável que duvidas e perguntas surgiam por causa da pregação de graça e a plena justificação de qualquer pessoa pela fé em Cristo. Perguntas sobre a lei de Moisés, o concerto de Deus com Abraão, a aceitação dos gentios diante de Deus, e as ramificações da pregação da graça de Deus foram levantadas. Paulo, por causa do seu treinamento como um Fariseu e por causa da sua rígida mas delicada consciência foi especialmente preparado para esta tarefa (Fl 3.4-6).

Ensinamento:

O primeiro livro entre as Epístolas talvez porque "é a exposição mais completa do N.T. sobre as verdades centrais do Cristianismo." (Scofield).

A igreja em Roma parece de ser feita de membros tanto Judeu (2.17-29) quanto Gentio (11.14-32). Então podemos aprender como o Evangelho é interpretado tanto aos Judeus quanto aos Gentios. Parece que Paulo está escrevendo esta carta à uma igreja que ele, até aquele momento, nunca tinha visitado (1.10-15).

Nota como Paulo trata do problema do pecado. Ele mostra como por Cristo o pecador pode ser justificado diante de Deus (3.21-5:11) e depois ele mostra como o pecador pode viver para a glória de Deus mesmo tendo o pecado tão perto dele quanto a sua carne (7.7-8:39). O segredo de viver a vida cristã mesmo tendo o pecado na carne é visto no fato que em Romanos capitulo oito o Espírito de Deus é mencionado não menos do que dezoito vezes. Antes deste capitulo o Espírito de Deus é mencionado só uma vez (1.4). Isso nos mostra que por Cristo o pecador tem a redenção (3.21-26), mas é pelo Espírito que ele pode viver para agradar Deus (8.11).

Cuidando de doutrina pode levantar muitas duvidas na mente de quem estudo ou de quem recebe tal estudo. Por isso os capítulos 6-8 respondem às dificuldades que uma mente normal pode ter com doutrina. Paulo ressalta a soberania de Deus nas Suas ações pela graça.

Os capítulos 12-26 impõem a todos os cristãos a obrigação de terem vidas consagradas no serviço a Ele que os tem mostrado misericórdia. A vida do crente deve refletir o que diz a sua boca.

O livro de Romanos pode ser dividido em três partes (Baxter):

I. Doutrinal: Como o Evangelho salva o pecador - Cap. 1-8

II. Nacional: Como o Evangelho aplica à Israel - Cap. 9-11

II. Prático: Como o Evangelho aplica à nossa vida - Cap. 12-26

2. 1 Coríntios

Tema: Conduta Cristã

Tempo: 57 d.C.

Autor: Paulo veio à Corinto primeiro de Atenas (Atos 18.1,11) e permaneceu aí por dezoito meses quando a igreja em Corinto foi organizada. De Corinto Paulo foi à Éfeso (Atos 18.18,19) e desta cidade, depois uns dois ou três anos de ministério aí (Atos 19.1,10), Paulo escreve esta primeira carta à Corinto. (Matthew Poole)

Ensinamento: Desde que as Epístolas cuidem de doutrina temos uma variedade de assuntos neste livro. Nos primeiros seis capítulos ele mostra a burrice de gloriar em homem algum.

Cap. 1.18-31 - Salvação é pela cruz, não pelo homem

Cap. 2 - Sabedoria vem do Espírito de Deus e não do homem

Cap. 3,4 - Homens chamados por Deus são mero despenseiros

Cap. 5,6 - Homens que aceitam a glória do homem vão permitir pecados piores.

Nos capítulos restantes Paulo trata os problemas que estavam perseguindo os irmãos da igreja em Coríntio. Parece que a igreja tinha pedido de Paulo uma ajuda na solução de vários problemas (7.1).

Estes problemas eram cuidado um por um nas seguintes capítulos:

Cap. 7 - Casamento e o celibato

Cap. 8-10 - O comer de carne; liberdade cristã

Cap. 11 - O lugar das mulheres na igreja; a ceia do Senhor

Cap. 12-14 - Os dons espirituais

Cap. 15 - A ressurreição dos santos

Cap. 16 - Um resumo (Baxter)

3. 2 Coríntios

Tema: A Autoridade de Paulo Defendida Amorosamente

Tempo: 57 A.D.

Autor: Paulo está escrevendo esta segunda carta aos em Corinto dentro de um ano depois a primeira carta. Muitos falsos profetas e ensinadores invadiram Corinto depois de Paulo estabelecê-los numa igreja. Para sustentar as suas crenças falsas, estes profetas falsos tinham de primeira desacreditar a autoridade apostólica de Paulo diante do povo pois foram os ensinamentos dele de doutrinas, quais eram barreiras para a igreja aceitar as crenças " novas" . Paulo, na defesa da sua autoridade apostólica, nos dá uma espécie de autobiografia. Não há outro livro de Paulo que nos evidencia tanto a sua profunda emoção de agonia de espírito em lutar para a verdade entre o povo de Deus.

Ensinamento:

O livro de Romanos, quanto todas as Epistolas, tratava de doutrina. As cartas aos Coríntios tem a doutrina ensinada para reprovar os crentes de uma prática perigosa. Em Romanos a doutrina era didática, em Coríntios, é dada incidentemente com a censura.

Desanimo, doença física, oposição doutrinário e perseguição traz para Paulo uma necessidade de olhar ao "Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação" (1.3 - o versículo chave) para atravessar esta época do seu ministério. Podemos ver a sinceridade que o Evangelho deve ser ministrada (1.12-24), e o cuidado que um pastor/missionário deve ter para ministrar ao povo de Deus.

Relatando a sua vida aos de Corinto, podemos aprender com Paulo que mesmo que temos "aflição", "angústia", "lutas", "trabalhos", "perseguições", "tristezas", e "fraquezas" (palavras comuns nesta carta) podemos conhecer o "conforto", "regozijo", "triunfo" e a "alegria" e "graça" (palavras também muito comum nesta carta) de Deus na mesma medida e até sobre medida das aflições que possamos ter (12.7-10).

Cristo: O Centro da Teologia Paulina

2 Cor 5.14-17

Não é somente o Cristo da história em quem devemos focalizar a atenção na adoração divina. Tudo isso é preciosa mas incompleta, pois só concerne o que podemos ver ou traçar pelos acontecimentos dEle.

É Cristo da ressurreição que nos dá o ímpeto da adoração verdadeira. Na ressurreição, Cristo está com poder, vitória, com glória. Adorar Cristo ressurgido leva fé e é pela fé que agradamos o Pai (Hb 11.6). Tendo esta fé no Cristo ressuscito é que somos feitos novas criaturas.

O livro pode ser organizado nesta maneira:

Cap. 1-5 Motivo e mensagem do Ministério de Paulo

Cap. 6-9 Apelo Espiritual e Material para apoio ao Ministério

Cap. 10-13 Resposta aos Falsos Profetas

Neste livro achamos a oração apostólica mais famosa na cristianismo; "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém." (13.14)

4. Gálatas

Tema: A Liberdade Cristã

Tempo: 57-58 A.D. de Corinto

Autor: Paulo visitou Galácia (que hoje conhece como sendo Ásia Menor ou Turquia) na sua primeira viagem missionária (At 13.51; 14.8,20 sendo que Icônio, Listra e Derbe faziam parte do sul da Galácia), em sua segunda viagem (At 16.1-5) e em sua terceira viagem (At 18.23).

As igrejas em Galácia eram muito hospitaleiras a Paulo recebendo o até "como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo" (4.14,15). Mas, num tempo depois quando ele visitou aí outra vez parece que eles mudaram de opinião (4.16). O que causou esta mudança de pensamento dos Gálatas para Paulo é o assunto do livro.

Ensinamento: Depois de Paulo passar em Galácia, na primeira vez, pregou o Evangelho de Cristo que foi bem recebido. Entre a primeira visita e antes da segunda, veio Judeus dizendo que os Gentios, para serem salvos ou para continuarem salvos tinham que observar a lei de Moisés. Muitos dos crentes caíram nessa armadilha que Paulo chama "outro evangelho" (1.6).

Paulo mostra, minuciosamente, que a salvação é somente por Cristo. Por Ele o pecador é justificado (3.6-9), adotado (4.4-7), renovados (4.6; 6:15), e herdeiros de Deus (3.15-18).

Gálatas é o livro para entender bem o propósito da lei (mostrar Cristo o Salvador dos pecados - 3.19-25), as limitações da lei (impossível de justificar alguém - 2.16; só condena o pecador - 3.10-12) e o fim da lei (escravidão - 4.21-31)

Os crentes que voltem a seguir a lei não estão dependendo mais na graça de Deus para servir Deus livremente (5.4), mas na sua própria carne que leva para escravidão (5.1).

Paulo reafirma neste livro que pela fé em Cristo somos salvos completamente (2.16) e sempre livres (5.13-18) da necessidade de procurar um complemento da nossa salvação. Vendo que a salvação por Cristo é tão completa devemos então com uma fé pura amar Ele, os que estão salvos por Ele e os que precisam ser salvos (2.20; 5.15).

5. Efésios

Tema: A Comunhão com Cristo

Tempo: 63 d. C.

Autor: Parece que Paulo escreveu este livro enquanto era encarcerado em Roma quando também escreveu para Filemom e aos Colossenses e foi entregue por Tíquico (6.21,22; Cl 4.7).

Ensinamento: O livro de Efésios divide em duas partes:

Cap. 1-3 - O Que Temos em Cristo

Cap. 4-6 - Como Andar Como Cristão

Na primeira parte Paulo desenvolve com detalhes a riqueza que temos em Cristo (1.3-14), a nossa condição com Cristo (2.1-10) e a grandeza da salvação de Cristo para com os gentios (3.1-13).

Na segunda parte Paulo mostra como o andar em Cristo deve ser na igreja (4.1-16), com a sociedade moral (4.17- 5.2), com a sociedade pecaminosa (5.3-21), diante os de relacionamentos especiais (5.22-6:9) e como andar espiritualmente preparado (6.10-20).

Por um tempo Timóteo ficou em Eféso "para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina" (1Tim 1.3-5).

6. Filipenses

Tema: A Experiência Cristã

Tempo: Roma (prisão) em 64 d.C

Autor: Paulo visitou Filipos na sua segunda viagem missionaria, e isso por causa de uma visão, "em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos." (At 16.6-10). Filipos é a primeira cidade, uma colônia, na Macedônia de quando entra por ela da Ásia (At 16.12). Hoje, esta região faz parte da Grécia, Bulgária, Albânia e Iugoslávia.

Foi em Filipos que Lídia foi convertida e também o carcereiro (At 16.14,15,30-34) junto com outros irmão (v.40).

Paulo, nesta carta, fala muito pessoal. O pronome da primeira pessoa, "eu" está bem empregado nesta carta dirigida à igreja em Filipos, a qual Paulo amava profundamente (Bíblia Vida).

A razão da carta ser escrita não é doutrinária, nem para corrigir qualquer problema na igreja. Os Filipenses tinham enviado uma oferta à Paulo, outra vez, e ele quis acusar o recebimento (1.5;4.10,14-16,18).

O Autor, mesmo escrevendo da prisão, mostra muita alegria com o povo de Filipos junto "os bispos e diáconos" e o "regozijo" que ele tem pela graça de Deus.

Ensinamento:

Mesmo que esta carta não seja necessariamente doutrinária, podemos aprender muito nela.

Os que obedecem a Palavra de Deus não são isentos de problemas nesta vida (1.12-16; 2.25-27; 3.8; 4.12). Só a graça de Deus tem o poder de regozijar junto os problemas (1.18-21; 2.28-30; 4.13).

Os Filipenses eram obedientes para com Paulo e participaram com ele "da minha graça, tanto nas minhas prisões (e aflições 4.14) como na minha defesa e confirmação do evangelho" (1.7) pelas ofertas e orações. Mesmo assim, precisavam de exortações para serem firmes ainda na fé (1.27; 2.3-8,14; 3.2; 4.6). Isso nos ensina que a carne está sempre fraca e não podemos confiar nela mesmo depois que houvermos obedecido o Senhor no Espírito.

Há bênçãos especiais para o povo que emprega bem as suas vidas e bens no serviço à Deus. Servir o Senhor é mais difícil do que só falar de Deus. Talvez por isso existem bênçãos especiais (4.9,19).

Paulo está confiante que , mesmo aparentemente, o céu seja negro com aflições, Deus está por cima das nuvens e dirigindo tudo para sua glória (1.16-18,28; 3.7-11, 18-21; 4.19).

7. Colossenses

Tema: A Plenitude de Cristo

Tempo: 63 d.C.

Autor: Paulo estava na prisão (4.18) em Roma quando escreveu esta epístola (também escreveu Filipenses e Efésios do mesmo lugar). Não podemos achar nenhuma vez que Paulo visitou esta cidade. Esta igreja, talvez, foi organizada por Epafras (1.7) um companheiro de Paulo (Fl 23).

Ensinamento: O erro contra o qual Paulo advertiu os Colossenses mais tarde desenvolveu-se em uma heresia chamada Gnosticismo (do gr. gnosis, significando conhecimento). Esta falsa doutrina dava a Cristo uma posição subordinada à verdadeira Divindade, e desvalorizava a singularidade e perfeição de Sua obra redentora. Ela insistia que entre um Deus santo e esta terra havia uma hoste de seres, anjos, etc., que formavam uma ponte, da qual Cristo era um membro. Este sistema incluía a adoração de anjos (2.18) e um falso ascetismo (2.20-22). Para todos estes erros, o apóstolo tinha um só remédio, um conhecimento(epignosis, isto é, pleno conhecimentos, 1.9-10; 3.10) da plenitude de Deus em Jesus Cristo. Sua resposta devastadora a estas falsas doutrinas está em 1.19 e 2.9, na qual o Senhor está revelado como a plenitude física da divindade. A palavra "plenitude" (gr. pleroma) é a mesma palavra que o Gnosticismo usava para toda a hoste de seres intermediários entre Deus e o homem. O Senhor encarnado, crucificado, ressuscitado e que subiu ao céu é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). - Scofield

8. 1 Tessalonicenses

Tema: Mantenha-se Puro pois Cristo Volta

Tempo: em 52,53 d.C de Corinto

Autor: Na segunda viagem missionária Paulo visitou a Tessalônica (At17.1-10) onde Deus abençoou sobre maneira (1 Ts 1.5,9,10). Em três semanas vários Judeus "e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais" (At 17.4) creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas. Por causa da perseguição que parece sempre acompanha a verdade (At 17.5-8; 1 Ts 2.15), Paulo e Silas foram enviados de noite para Beréia logo depois.

Paulo, junto com Silvano e Timóteo, escrevem à igreja dos Tessalonicenses (v.1), sendo esta a primeira carta escrito por Paulo às igrejas.

Ensinamento: A segunda vinda de Cristo está mencionada em cada capítulo (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.2,4,23). A volta de Cristo é mencionada para animar os irmãos amados em Tessalônica a continuarem servindo o Senhor na face das aflições provocados pelos inimigos do Evangelho (2.14-16) e pelas tentações que vem de Satanás (3.5) usando a fraqueza da nossa carne (4.5).

Paulo, com amor e pela inspiração, instrui os Tessalonicenses que, mesmo que somos seguros em Cristo, somos ordenados à tribulações (3.3), e nunca devemos deixar nos de sermos vencidos pelo pecado. Podemos vencer o pecado pela uma vida que progride cada vez mais no andar que agrada a Deus (4.1-12). Paulo relembra os irmãos que eles são diferentes dos demais no mundo e por isso vão agir de maneira melhor (5.4-11). Paulo encerra a sua carta dando umas regras que podem ajudar qualquer crente serio a andar mais abençoado na fé (5.12-23) não esquecendo que a força de obedecer vem mesmo de Deus (5.24).

9. II Tessalonicenses

Tema: Mantenha-se Ocupado até Cristo Voltar

Tempo: em 53 d.C. de Corinto

Autor: Paulo está escrevendo outra vez à igreja dos Tessalonicenses junto com Silvano e Timóteo (1.1) talvez só alguns meses depois da primeira (Bíblia, Editora Vida). É evidente que a possibilidade de uma carta falsa foi passada às igrejas dizendo que Cristo já veio a segunda vez e as tribulações que estão tendo já é porque ficaram atrás como não estivessem salvos. Paulo escreve para acalmá-los (2.1-3). Não pensa que as suas tribulações indicam já os sete anos da tribulação pois essa será introduzida só com acontecimentos específicos primeiro (2.3-12; I Tess 4.13-5:10).

Ensinamento: A segunda vinda está mencionada em cada capitulo nesta carta tanto quanto na primeira (1.7-10; 2.1-4; 3.5). Enquanto a segunda vinda não venha a igreja está ensinada a sofrer tentação (1.4-6) pois na segunda vinda, os ímpios "padecerão eterna perdição" (1.9) por qual razão os santos devem viver "dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder" (1.11).

Também, enquanto esperam por Cristo, não devem ser movidos "facilmente" do entendimento que foi ensinado por Paulo (2.2-5) pois Deus, pelo Espírito Santo, "detém" até o tempo certo para Satanás ser manifestado e o Espírito Santo ser tirado (2.6,7). Para não serem movidos diante das circunstâncias diversas que acompanharão a segunda vinda, Paulo anima os irmãos de continuarem firmes nos fatos que ele tem os ensinado (2.13-17) que realmente trará consolo aos corações.

Enquanto Cristo não vir, os irmãos devem pacientemente esperar Cristo orando (3.1) e obedecendo o que Paulo tinha os mandado (3.4) tendo uma vida separada e pura (3.6-7) e ocupada com trabalho digno (3.7-12). Há os que pensam que se Cristo voltará porque nos ocupar em algo, pois tudo não vai ficar para sempre mesmo. A estes Paulo mostra que ocupação é honrosa e uma boa cura para não andar desordenadamente ou vivendo enquanto esperam Cristo. Se alguém não quer se preocupar a obedecer Cristo nesta vida usando a segunda vinda de Cristo como desculpa, este deve ser cortado da comunhão da igreja (3.14-15) mas não deve, por isso, ser tratado como um inimigo (3.15). Mas em tudo, procurai a paz (3.16).

B. As Epistolas Pastorais

1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemom

Estas epístolas se chamam pastorais por serem endereçadas aos pastores. Como o livro de Atos veio entre os Evangelhos e os livros de doutrina das epístolas às igrejas estes quatro livros vem entre os livros de doutrina e a natureza das epístolas gerais.

1. 1 Timóteo

Tema: O Comportamento na Igreja

Tempo: 63 A.D.

Autor: Paulo, o apóstolo, escreveu esta carta a Timóteo, seu filho na fé (1.1,2). Escreve a Timóteo dando-lhe instruções particulares para se comportar como ministrante do Evangelho na igreja em Éfeso.

Ensinamento: Os ensinamentos dados são de particular interesse pois se envolvem detalhes sobre o governo da igreja e o comportamento pastoral "para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (3.15)

A vida pastoral deve ser de fé e de boa consciência (1.19), de oração (2.1-4), piedade (4.7-10; 6.11), um bom exemplo (4.12), de estudo (4.13-16; 6.13) e do ministério (1.18,19; 4.14-16; 6.20). Um pastor não deve aceitar acusação contra um outro sem provas claras (5.19) mas pastores pecaminosos devem ser corrigidos e isso publicamente (5.20).

Sobre o governo da igreja vem os assuntos da posição de mulher (2:9-15), os deveres dos bispos e dos diáconos (3.1-13), a reação necessária diante de heresias (4.1-8), o andar com os velhos na fé (5.1:1,2), as viúvas (5.3-16), o cuidado financeiro dos pastores (5.17,18; 6.8-10), a relação dos que são empregados com seus empregadores - escravos (6.1,2) e a posição dos ricos na sociedade e na igreja (6.17-19).

Estes cuidados à Timóteo, em particular, e a igreja em geral são necessários pois a tendência da carne leva alguns de "desviar-se" de uma boa consciência (1.6), de rejeitar a fé (1.19; 6.21) seguindo Satanás (5.15) para serem traspassados com muitas dores (6.10).

2. II Timóteo

Tema: A Vida Pastoral em Aflição

Tempo: 64 d. C.

Autor: Paulo, o Apostolo ao Timóteo, "meu amado filho" (1.2) Esta carta foi escrito depois de 1 Timóteo e de Tito sendo Paulo preso já "sendo oferecido" (4.6 - Bíblia Vida). Foi escrita provavelmente em Roma (1.16,17) e sendo assim foi cronologicamente a última carta de Paulo - Scofield.

Ensinamento: A 2 Timóteo é como a 1 Timóteo, só que enfatiza mais apressadamente os ensinamentos que foram dados em 1 Timóteo.

1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de uma boa consciência (1.19). 2 Timóteo fala de não entrar em contendas (2.14) e de apresentar-se aprovado (2.15).

1Timóteo fala da vida pastoral sendo de oração (2.1-4).

2 Timóteo fala que nos últimos tempos virão dias piores e assim é preciso orar ainda mais (3:1-13).

1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de piedade (4:7-10).

2 Timóteo fala da necessidade de militar para a obediência até a morte (2.3-13); de evitar falatórios (2.16-18) e de fugir das paixões da mocidade (2.22).

1 Timóteo fala da vida pastoral sendo um bom exemplo (4.12).

2 Timóteo fala que não convém contender (2.24-26) e que se deve ser sóbrio em tudo (4.5).

1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de estudo e de confiar a Palavra aos outros (4.13-16).

2 Timóteo fala de manejar bem a Palavra (2.15), de lembrar o que aprendeu para ser forte no dia mau (3.13-17) e de pregar a Palavra (4.1-4).

1 Timóteo fala da vida pastoral sendo do ministério (1.18,19; 4.14-16; 6.20).

2 Timóteo fala que despertes para o ministério (1.6-10), que fortifiques na graça (2.1,2) e que cumpres o teu ministério (4:5).

O que em I Timóteo era de "desviar se" (I Tm 1:6) em II Timóteo estes já "apartaram" da obra ( 2 Tm 1.15) e já encontrava Paulo sem assistência (4.16).

3. Tito

Tema: A Ordem na Igreja

Tempo: 64 d.C.

Autor: O apostolo Paulo escreveu esta carta entre a 1 Timóteo e a 2 Timóteo sendo então a penúltima escrita da sua vida. Escreveu a Tito seu filho na fé (1.4) quem tinha deixado em Creta para fazer o trabalho de um missionário (1.5) colocar em ordem as coisas faltando (os irmãos fracos e corruptos) e de estabelecer pastores em cada cidade.

Tito talvez era irmão de Lucas, o evangelista (Bíblia Vida) e é mencionado em Gálatas 2 quem talvez foi convertido naquele tempo da confusão sobre a circuncisão (48 d.C.). Tito foi um consolo ao Paulo (2 Co 7.6,7) e tinha uma vida exemplar. Tendo assim uma vida exemplar foi encarregado de cuidar das ofertas feitas para os santos em Jerusalém (2 Co 8.6,16).

Ensinamento: A carta a Tito é comparada às de 1e 2 Timóteo e achamos alguns dos mesmos ensinamentos. Por Creta ter má fama de mentira, cruéis e preguiçosos ((1.12) os ensinamentos do livro vem ao encontro de colocar ordem neste tipo de vida dentro da igreja (1.9-16).

Vem os ensinamentos para corrigir os problemas sérios nas igrejas em Creta e assim sendo é um manual prático para o crente hoje saber tratar a lei do homem (3.1) os vizinhos (3.2) e os servos (2.9-10). O alvo é para viver como devem: trabalhadores do bem (3.14).

Há duas passagens maravilhosas que destaca as belezas do Evangelho (2.11-15; 3.3-7).

4. Filemom

Tema: Amor Acima de Direito

Tempo: 63 d. C. no mesmo tempo de Colossenses (Col. 4:7-17; Fil. 2,23,24)

Autor: Este livro foi escrito pelo Apóstolo Paulo (v.19) em prisão tendo Timóteo junto com ele (v.1) a Filemon para interceder a respeito de Onésimo, recém convertido pelo ministério de Paulo mesmo na prisão (v.10).

Filemom é considerado uma epístola pastoral por ele ser um ancião com responsabilidades pastorais tendo uma igreja "em tua casa" (1.2). (Baxter)

Neste livro temos um exemplo das verdades que Gálatas e Colossenses ensinam sobre a unidade que há em Cristo - Gl 5.6; Cl 3.11. Por isso este escravo deve ser aceito "como irmão amado" (v. 16) (Baxter).

Ensinamento: O nome Onésimo significa "proveitoso" - Scofield

Podemos aprender aqui que o passado de um novo crente não deve ser lembrado a não ser para edificação ou exortação no bem.

Há ocasião de sofrer dano físico ou financeiro para ter paz entre irmãos (v. 18).

Há uma impressionante analogia da história da redenção - Bíblia Vida.

C. As Epistolas Gerais e Pessoais

Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas

Paulo e Barnabé foram aos gentios (todas as epístolas até aqui) e Tiago, Pedro e João foram aos judeus (todas as epístolas daqui para frente (Gl 2.9).

Estes Epístolas Gerais e Pessoais são distintivamente aos Judeus e não mencionam a certeza da salvação quanto as epístolas às igrejas (Romanos - 2 Tessalonicenses) ou as pastorais (1 Timóteo - Filemon) que são escritas aos salvos, Gentio e/ou Judeu (Baxter). A falta dos Judeus de se manterem firme às promessas é tratada como se fosse a aceitação por Deus, era de inteira responsabilidade do homem, que numa certa maneira é. Cristo é apresentado como o meio de ser aperfeiçoado diante de Deus (Hb 10.8-18) junto a necessidade de continuar obediente nEle nem na ordem do Velho Testamento pois a fé é morta sem as obras (Tg 2.21-26).

O Evangelho apresentado nestas Epístolas é o mesmo apresentado nas anteriores só com a diferença do ponto de vista dado. As anteriores são dadas aos Gentios e explicado como os Gentios podem entender, estas aos Judeus e explicado como os Judeus podem identificar.

1. Hebreus

Tema: Cristo é Superior de Moisés e da Lei

Tempo: 62 d.C. (Matthew Henry)

Autor: Paulo é aceito como o autor na maior parte dos manuscritos antigos (Poole). Há características comuns de Paulo (2 Ts 3.17,18; Hb 13.25). Obs.: Anote quais epístolas terminem com tal saudação.

Paulo escreve às tribos dispersas que confiam em Cristo como Salvador. São chamados "Hebreus" pois este foi um título de Deus (Ex 3.18) e de Abraão o progenitor dos judeus (Gn 14.13).

Foi escrito num tempo que os Judeus crentes eram tentados a voltarem à lei e estavam vacilando na sua fé.

Ensinamento: Paulo mostra aos Hebreus que eles não ficaram menos Judeus por crerem em Cristo pois tudo que Moisés representava era para mostrar Cristo como o meio a ser aperfeiçoado. Cristo é a verdade que os tipos e símbolos apontavam.

Paulo mostra que os tipos e símbolos da lei eram fracos para purificar a consciência ou trazer alguém a Deus. Cristo é quem é firme e imutável até o fim.

Para mostrar Cristo superior à lei e os tipos e símbolos da lei Paulo sistematicamente mostra Cristo superior.

Cap. 1 - A Divindade de Cristo

Cap. 2 - A Humanidade de Cristo

Cap. 3 - 4.13 - Profeta superior de Moisés

Cap. 4.14-5:9 - Sacerdote superior de Arão

Cap. 5.10-7:28 - Rei e Sacerdote superior de Melquisedeque

Cap. 8 - Aliança melhor que a de Moisés

Cap. 9-10.18 - Cristo é além dos sacrifícios, ordenanças e administrações de Leví

Cap. 10.19-13.20 - Os deveres devem ser levados a sério para glorificar Deus em Cristo

Cap. 13:20,21 - Oração solene para terem força obedecer

Cap. 13:22-25 - Saudação usual de Paulo

Para entender melhor este livro compara ele com o Levítico no Velho Testamento.

2. Tiago

Tema: A Manifestação da Fé Verdadeira

Tempo: 61 d.C. A data exata é difícil determinar. Uns dizem que foi o primeiro de todos os escritos do N.T. e outros o colocam pouco antes de Hebreus.

Autor: Tiago - Há três Tiago no N.T.: Lucas 6.14-16. Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João (morto em Atos 13.2); Tiago, filho de Alfeu; Tiago irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3) também chamado, Tiago, o menor (Mc 14.40). O escritor desta epístola é o irmão de Jesus, de grande estatura na primeira igreja em Jerusalém (Gl 2.9). Os historiadores do primeiro século escrevem que Tiago foi um mártir no ano 62 d. C. (Baxter, pg. 283,285).

Tiago está escrevendo "às doze tribos que andam dispersas" (1.1) que eram "irmãos" e ensinou estes como cumprir a lei e serem Judeus completos. Levou tempo para amadurecimento nos Judeus, uma vez que eram Cristãos, a deixarem os traços da obediência da lei como uma obra e viverem só na graça. Tiago os exorta, não de deixar a lei e fazer nada, mas de completar a lei cumprindo o espírito da lei que é aquela obediência que traz louvor a Deus e não opera o aperfeiçoamento do homem diante de Deus.

Ensinamento: Como Paulo, na maior parte das vezes, escreveu às pessoas que deram maior ênfases às obras do que a fé, Tiago escreve às pessoas que dão mais ênfase à fé que as obras. Os escritos dos dois mostram o ensinamento necessário para equilibrar a obediência de cada um. Paulo ensinou fé como o meio à salvação. Tiago ensina que as obras são produtos daquela fé salvadora (Matthew Henry). A fé justifica o pecador; as obras justificam a fé (Baxter).

As obras boas de uma fé certa são vistas:

Cap. 1 - Reação positiva às provações

    1. Cap. 2 - Aceitação de todas as classes de povo

Cap. 3 - A importância de uma língua santa

Cap. 4-5.6 - Santidade nas emoções

Cap. 5.7-20 - O fim está vindo, portanto obedeça já!

3. 1 Pedro

Tema: Sofrimento e Glória

Tempo: 60 d.C. Logo a ira do imperador Nero será realidade contra os crentes, judeu e gentio.

Autor: Pedro, o Apóstolo, esta escrevendo aos "estrangeiros dispersos", os judeus dispersos desde que os Assírios e Babilônios tomaram controle (Assíria 721 a.C. Israel, norte; Babilônia 586 a.C. Judá, sul). Pedro "confirma teus irmãos" que passarão aflição dando os explicações e exortações que fiquem firmes nas verdades de Deus (Lc 22.31,32).

Ensinamento:

Cap. 1-2.10 A ESPERANÇA VIVA - O Que É.

Esperança Viva 1.3 e a nossa reação com ela

Palavra Viva 1.23 e a nossa reação com ela

Pedra Viva 2.4 e a nossa relação com ela

Cap. 2.11-4:10 A VIDA DE PEREGRINO E FORASTEIRO - Como Viver Ela

Cidadãos 2.12-17

Empregados 2.18-25

Casados 3.1-7

Diante dos outros e sofrimentos 3.8-4.6

Com os outros crentes 4.7-11

Porque? 4:11 - A Glória de Deus.

Cap. 4.12-5.8 A ARDENTE PROVA - Como Vencer

4.13 - a glória vem depois da tribulação

5.1-4 - Pastores, sejam fieis

5.5-7 - Jovens, sejam puros

5.7 - Ele tem cuidado de vós

5.8,9 - Lembrança: Seja F